Escrita dos causos
que os alunos ouviram ao entrevistarem pessoas da comunidade.
Aluno: Igor
Trindade - 7º “C”
- 2019
Urtiga na cama
Uma vez o meu tio, Zilmo, morava em um pequeno barraco com
outros amigos. Esses amigos e ele
trabalhavam de “boia fria” e, um dos amigos dele foi fazer sacanagem com o meu
tio, o apelido do amigo do meu tio era “Lagarto”. Então ele. O “Lagarto”
colocou urtiga na cama do meu tio. Como o m eu tio sabia que o Lagarto fazia
sacanagem com todos, ele notou que tinha urtiga na cama, então ele colocou na
cama do Lagarto.
Meu tio deitou na cama e Fingiu se contorcendo, dizendo que
tinha urtiga, então o Lagarto ficou dando risada e deitou na cama dele. Percebeu
que algo começou a pinicar e começou a se contorcer como uma cobra. Meu tio deu
risada e correu porque o Lagarto ia
bater nele assim que percebesse o que havia acontecido.
Levou algum tempo para eles voltarem e serem amigos.
Aluno: Fernando
Marques - 7º “C”
- 2019
A mulher de branco
Tempos atrás, o meu pai me contou uma história de quando ele
trabalhava de guardião na garagem da prefeitura de Renascença, começava as 19
horas da noite, até às 6 horas da manhã.
De casa até o trabalho fazia o trajeto a pé ou de bicicleta.
Uma vez quando se aproximou de um taquaral ouviu um barulho forte e viu uma
mulher vestida de banco se aproximando, ficou paralisado e seu corpo todo
arrepiado. Então ela parava no meio da estrada, olhava para ele e entrava
novamente no mato.
Depois que ela sumia no meio do taquaral, ele seguia até o seu
trabalho.
No momento ficou assustado, mas como ele é corajoso, passava
todos os dias no mesmo lugar. E a mulher de branco?
Continuou aparecendo para meu pai quase todos os dias e
depois de algum tempo desapareceu.
Aluna: Fabiola E.
Antunes - 7º “C”
- 2019
As pedras amarelas
Há algum tempo atrás, na cidade de Salgado Filho, conta-se
que um senhor que se chamava Abelardo Bonfim, morava em uma pequena comunidade
do município, uma tal de Linha Três
Barras. E, em um dia qualquer, estava
capinando em frente a sua casa, quando com o instrumento de trabalho dele,
achou um buraco grande, de mais ou menos uns 60 centímetros de diâmetro, e de
dentro daquele buraco, aquele senhor tirou uma pedra de mais ou menos o tamanho
de uma xícara de café.
Contam que aquela pedra era do mesmo formato de uma pedra
normal, mas ela era amarela, parecida com uma pedra de ouro. Dizem que aquele
senhor observou aquela pedra e depois chamou a sua esposa e seus filhos,
mostrou aquela pedra para eles, e então, olharam para dentro do buraco e lá
tinha várias daquelas pedras amarelas, várias mesmo. Não puderam nem contar
quantas eram.
Como não sabiam que tipo de pedra era aquela ou de onde
vinha, seu Abelardo colocou a pedra de novo no buraco e fechou com terra.
Foi a primeira e última vez que aquelas pedras foram vistas
por eles. E, então, até hoje não se sabe se elas eram de ouro ou o quê eram.
Mas acredita-se que aquelas pedras possam estar lá até hoje.
P.S. Por incrível que pareça, Abelardo Bonfim era meu avô
(1944 – 1986)
Aluno: Miguel
Martins - 7º “C”
- 2019
1ª Guerra Mundial
Começou quando meu pai falava sobre meu avô, da época que
ele era marinheiro. O nome do meu avô
era Carlos, nascido na Primeira Guerra Mundial. Durante sua vida passou por
muita coisa difícil.
Ele passou pela Ditadura Militar, nesse período ele foi
ameaçado de morte e precisou sair do país. Foi para a Argentina deixando minha
avó com meu pai e meu tio.
Ficou pouco tempo fora, quando voltou para o país voltou a
trabalhar e cuidar da família. Hoje, meu avô é aposentado e tem 90 anos.
Aluna: Ana Clara
Espindola Malagutti - 7º “A”
- 2019
Sexta-feira 13
Esse causo foi contado pelo seu Artemio e aconteceu em
Renascença, em uma sexta-feira 13. Artemio da Silva estava nesta noite de
sexta-feira 13, na casa de seu patrão. Ele estava sozinho e de repente apareceu
uma luz forte. Essa luz levantou e voou pela terra da moradora dona Luiza.
Depois passou pela terra do seu Francisco e, por último, deu a volta no morro
onde fica a terra do patrão do seu Artmio, retornando ao mesmo lugar de onde
decolou.
Então, aquela luz forte se apagou.
Depois de um tempo a fofoca se espalhou e todos ficaram
admirados com o ocorrido.
Todos queriam morar lá, pois achavam que naquelas terras
havia ouro.
Aluna: Eduarda
Beltrame - 7º”A”
- 2019
Acredite quem quiser
Em nosso município de Renascença, vivia um senhor muito
popular conhecido por ser um grande mentiroso. Hoje ele já é falecido.
Certo dia, ele chegou em um estabelecimento comercial onde
estavam muitas pessoas, então uma delas, que gostava de ouvir as histórias
dele, indagou:
_ Senhor, qual é a mentira de hoje? – e esperou pela
resposta, sabendo que não poderia acreditar no que aquele senhor lhe contasse.
Então para a surpresa de todos, ele chegou e não contou
nada. Apenas disse que estava com pressa. Um dos curiosos que estava ouvindo a
conversa perguntou:
_ Mas aonde o senhor vai que está com tanta pressa, que não
vai nos contar nenhuma história?
Ele respondeu:
_ Estou indo ali na BR, pois deu um acidente. – Respondeu o
senhor e continuou seu caminho a passos lentos.
Então muitos dos que estavam naquele comércio saíram
rapidamente com seus carros e foram até a BR para ver o tal acidente. Ao
chegarem lá, no local que o senhor havia mencionado, não havia nada. Nenhum
acidente.
Ao retornarem para a cidade encontraram o senhor sentado em
um bar, pararam e indagaram pelo acidente, o senhor respondeu:
_ Está é a mentira do dia – e riu da cara de indignados dos
curiosos.
Aluna: Nicolly Mendes da Silva -
7º”A” - 2019
O lobisomem de Macaé
Esse causo foi contado por meu avô e fala da lenda do
lobisomem de Macaé.
A história começa em Macaé, uma vila muito distante. Nessa
vila havia uma moça de 16 anos, era tão bela que todos os homens queriam se casar
com ela, mas a menina não tinha interesse por ninguém.
Até conhecer um homem rico da cidade, ele se apaixonou por
ela. Presenteava com presentes caros e ela gostava de exibir esses presentes
para todos, cavando-se. Acontece que seu primo também gostava dela e tinha
ciúmes.
O homem que era rico tinha lavouras d e café. Além d Erico
tinha um porte físico que despertava inveja nos outros homens. Certo dia o
homem rico e o primo da moça se encontraram na lavoura e começaram a discutir.
Mas o que o homem rico não sabia era que o primo da menina
era um lobisomem. E ele estava com muita raiva, pois achava que o home rico
havia roubado sua namorada. Então, o primo da moça foi procurar uma bruxa para
se vingar do homem rico. Ele falou para a bruxa que queria virar lobisomem
antes da quaresma, porque sua prima iria se casar em breve.
A bruxa aceitou fazer o feitiço que o transformaria em
lobisomem sempre que fosse lua cheia e não somente na quaresma. Então na lua
cheia o lobisomem foi até a casa do
fazendeiro e ficou rondando a casa. Até ser visto por uma criança que gritou,
ele aproveitou para entrar. Na mesma hora o fazendeiro partiu para cima do lobisomem,
eles começaram a lutar. Alguém desesperado chamou por ajuda, então um homem com
um revolver surgiu.
O lobisomem viu o homem armado entrando e saiu correndo pela
porta, então iniciou-se uma perseguição
que somente foi interrompida quando um rapaz se colocou na frente do
homem, que havia encurralado o lobisomem e estava prestes a atirar nele.
O rapaz disse que levaria o bicho dali e que ele nunca mais
seria visto. Os outros homens concordaram e viram os dois correrem em direção à
floresta.
O rapaz era o outro primo da menina, e sabia que seu irmão
era o lobisomem e também sabia do acordo dele com a bruxa. Acalmou o lobisomem
e explicou que ele nunca mais voltaria a forma humana e que se não quisesse ser
morto pelos fazendeiros precisava fugir daquela cidade. O lobisomem concordou e
fugiu para longe, nunca mais foi visto, mas dizem que o atirador ainda procura por
ele.
Aluna: Larissa
Ziembicki - 7º”A”
- 2019
O causo do Planalto
Esse causo foi contando pela minha avó Cenira e aconteceu no
Planalto, interior de Renascença, há muito tempo atrás.
Ela conta que a família dela (minha mãe, tios e tias) moravam
ao lado do cemitério e, o banheiro ficava do lado de fora da casa.
Às vezes, de madrugada, eles escutavam passos de pessoas
usando botinas, caminhando na varanda da casa. Quando eles levantavam de manhã a
área estava toda suja de pegadas.
Certa noite, meu tio foi no banheiro, e logo voltou. Depois
minha tia levantou para ir no banheiro também e viu um olho na porta (na
fechadura da porta), observando-a. Ela disse:
_ Dile, (esse é o apelido do meu tio) eu sei que é você aí
na porta! Saia daí, agora!
Meu tio respondeu do quarto dele:
_ Não sou eu não, porque já estou deitado na minha cama,
aqui no meu quarto.
Depois de ouvir isso ela ficou assustada e paralisada de
medo, pois não era o irmão dela. Quem era então?
Ela ouviu uma risada baixinha passos se afastando, mas
resolveu permanecer ali, no banheiro, até o dia amanhecer.
Aluno: Luiz Henrique
Silva Ternoski - 7º “A”
- 2019
O velho pescador e o
jovem rapaz
Uma vez um rapaz e um velhinho foram pescar. Eles carregaram
um banquinho, um leitão e um cacho de bananas. Colocaram tudo no barco e quando
estavam no meio do rio, viram uma cobra muito grande que estava tentando
pegá-los.
Eles jogaram o leitão e a cobra engoliu o leitão inteiro e
veio novamente na direção deles. Eles jogaram, então, o banquinho e a cobra
engoliu também. Jogaram dessa vez o cacho de bananas e a cobra continuou
engolindo e indo atrás deles. E estava cada vez mais perto, então o rapaz jogou
o velho, a cobra engoliu o velho. Nesse tempo, o rapaz conseguiu chegar a
margem do rio, a cobra chegou bem perto dele e o rapaz matou a cobra. Tirou o
velho de dentro da cobra, o velho estava sentado no banquinho comendo banana e
jogando a casca para o porco comer.
Esse causo foi contado pelo meu avô, ele somente repassou a
história que ele ouviu.
Aluna: Alessandra
Fornazieri - 7º “A” -
2019
Um causo da Linha São
Paulo
Essa história aconteceu no interior de Renascença, na
comunidade da Linha São Paulo, onde o meu avô morava.
Ele contou para o meu pai que em uma noite de lua cheia, quando
estava dormindo os cachorros começaram a
latir muito. Ele levantou para ver o que estava acontecendo. No quintal ele viu
um boi e os cachorros latiam assustados.
Ele saiu para atropelar o boi que subiu um barranco, entrou
numa lavoura de milho e desapareceu. O meu avô voltou para casa e foi dormir.
No outro dia ele foi ver se tinha danos no milho e não
encontrou nada. Nenhuma pegada ou pé de milho quebrado. Meu avô estranhou o
ocorrido e até hoje se pergunta o que
aconteceu com aquele enorme boi.
Aluna: Kauane dos
Santos Venzo - 7º “A”
- 2019
Mulher de branco
A história a seguir foi contada para mim por Claudemir
Venzo, meu pai, que reside em Renascença, mas o causo é de Marmeleiro.
Começa assim: há duas décadas e meia, em certa noite, um garoto
de apenas 16 anos que estudava no turno da noite, estava passando quase em
frente ao cemitério, quando viu em meio aos túmulos, um vulto branco sentado em
dos túmulos olhando diretamente para ele. Ficou espantado, então cravou as
esporas em seu cavalo, mas quanto mais o cavalo corria, mais perto o vulto
chegava. Quando o vulto chegou bem perto do cavalo, ele pode distinguir que era
uma mulher.
Ela pulou na garupa do cavalo e, antes do garoto desmaiar,
pulou na estrada e correu noite a fora.
O garoto chegou em casa esbaforido e foi se esconder embaixo
da cama.
No outro dia, no mesmo horário ao passar pelo cemitério,
descobriu que era apenas uma das suas amigas que estava querendo assustá-lo.
Obs.: As pessoas falavam que era o espírito de uma
adolescente, mas era tudo mentira.
Aluna: Érica Camilli
de Paula Mendes.
O lobisomem e a saia
de lã
Era de manhã e as comadres conversavam sobre lobisomens. Mas
uma delas falava que não gostava de falar sobre isso e que não acreditava em
lobisomens.
O marido dessa que não acreditava em lobisomens nunca estava
em casa à noite, porque dizia que trabalhava e só voltava quando o dia estava
amanhecendo.
Um dia ela resolver sair à noite. Enquanto andava na rua,
percebeu que algo ou alguém vinha atrás dela. Quando olhou para trás, viu um
enorme lobo. Apavorada ela procurou um lugar para se proteger do lobo. Viu
então uma grande árvore, correu e subiu o mais rápido que pode. Mas a fera
conseguiu agarrar a saia dela com os dentes. Ela ficou na árvore a noite toda e só desceu quando, ao
amanhecer, a fera foi embora.
Já em casa, ela estava sentada em um sofazinho e seu marido
vem dormir em seu colo. Quando ele abre a boca para bocejar, ela vê um fiapo de
tecido, da mesma cor da saia de lã dela,
que o lobisomem havia rasgado.
Então, apavorada, ela percebe que o marido dela é o
lobisomem que havia perseguido ela na noite anterior.
Aluno: Roberto
Antonio Capelin - 7º “A”
- 2019
O lobisomem
Essa história foi minha avó quem me contou e é a história do
meu bisavô. Certa noite meu bisavô estava caçando e viu um vulto no meio do
mato e era lua cheia e meu bisavô foi atrás para ver o que era.
Quando chegou perto, o vulto ouviu um uivo. Ele viu que era
um lobisomem, ele iria dar um tiro, mas não tinha mais bala, então ele pegou um
monte de pedra e começou a atacar a criatura.
O bicho subiu em uma árvore e meu bisavô saiu correndo e
voltou para casa. Correu para minha avó e disse que no outro dia iria procurar
alguém cheio de marcas roxas. Meu bisavô começou a busca na casa do vizinho e
ele estava todo machucado, então ele viu que o homem era o lobisomem.
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