Título: O Fuzil e a enxada – História Militar do
Sudoeste Paranaese
Autor: Ana Luiza Setti Reckziegel; Ronaldo Zatta;
Nelci Zatta; Leomar Rippel
Editora: Grafisul
Número de páginas: 228
Ano: 2012
Conta a história militar do Sudoeste paranaense. O
sudoeste paranaense se localiza na fronteira do Brasil e Argentina e sempre foi
área de disputa entre os dois países.
A marcha para o Oeste foi realizada pelo governo
Vargas para ocupar essa região. A Escola Superior de Guerra (ESG) desenvolveram
política de Segurança Nacional.
Brasil e Argentina tiveram incidentes diplomáticos
para tentar impor ao vizinho um projeto de hegemonia no Cone Sul. Essa disputa
ficou conhecida como Questão das Missões ou Palmas.
Esta situação de disputa foi resolvida através da
atuação diplomática do Barão do Rio Branco em 06 de fevereiro de 1895.
Em 1957 o exército participou na revolta dos
posseiros em prol deles. Houve muitas mortes durante essa revolta. Os colonos e
os militares do exército que se fixaram na região, construíram em conjunto uma
base de crenças e valores que resultou em uma visão de mundo semelhante,
definindo um comportamento político típico nas décadas de 1960 a 1980.
De pequenos favores a ajudas importantes o Exército
se firmou como instituição necessária no período de colonização, houve a
aceitação de militares negros no único clube social de Francisco Beltrão.
O exército apoiou os colonos evitando a ação dos
jagunços contratados pelas companhias de terras rendeu-lhes o título de
guardião das terras em litígio.
A presença militar do Sudoeste paranaense se
confunde com a própria história da colonização da região , podemos afirmar
então que o exército através de seus soldados que se fixaram na região
contribuíram para a formação de uma identidade política regional regrada por
normas próprias que se distinguem do
resto do país.
A intenção da comunicação é apresentar algumas
controvérsias e desacordos que rondam o caso da guerrilha do coronel Cardim, o que impediram até o momento, a
elaboração de uma versão aceita como verdade história do episódio.
A ideologia de criação do herói regional (Tenente
Camargo) com diversas homenagens pós-morte, fez com que o povo se sentiu como
parte do combate, criando-se no sudoeste
a “memória coletiva”.
Pode-se afirmar, através da análise do livro de
Registro Histórico do 16º esquadrão de Cavalaria Macanizada, que o pequeno
efetivo dessa organização nunca foi empecilho para seu emprego em diversas atuações,
em alguns momentos cumprindo ordens do escalão superior a quem estava
subordinado, em outros desobedecendo essas ordens o que resultou em pesadas
punições disciplinares como prisões e licenciamento do seu efeito.
Resenhado por: Jéssica de Oliveira.
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